sexta-feira, 4 de outubro de 2013

História de Euclides da Cunha




Contribuição Livro: Neide de Almeida e Silva - Fonte: Enciclopédia dos Municípios Brasileiros de 1957


História

Antiga aldeia dos índios Caimbés, da tribo dos Tupiniquins, as terras do atual Município foram desbravadas por colonos vindos de Monte Santo e Tucano, que se fixaram e se dedicaram à lavoura e à criação de gado. O povoamento começou na Fazenda Cumbe do Major. Os jesuítas, então, ergueram no local uma capela e um convento. Posteriormente chegaram mais colonos e o povoado se desenvolveu sendo elevado à Freguesia de Nossa Senhora do Cumbe em 1881. O Município foi criado em 1898, com território desmembrado de Monte Santo, com o nome de Cumbe. Em 1931 perdeu sua autonomia sendo incorporado ao Município de Paripiranga e, neste mesmo ano, voltou a pertencer a Monte Santo. Em 1933 o Município foi restaurado e passou a ser denominado de Euclides da Cunha. Em 1938 foi elevada a cidade.
O município foi desbravado por colonos oriundos dos municípios circunvizinhos, principalmente de Monte Santo e de Tucano, que ali se fizeram com suas famílias, dedicando-se à lavoura e o criatório de gado, esteios até hoje da economia municipal. O seu primeiro núcleo populacional foi a Fazenda Cumbe do Major, de propriedade do Major Antonino, senhor de boas glebas e de avultado números de agregados, primeiro desbravador das terras do município.
A sede da freguesia da Santíssima Trindade de Massacará foi, pela lei provincial nº 2 152 de 18 de maio de 1881, transferida para Capela de Nossa Senhora do Cumbe, sendo assim criada a freguesia com o mesmo nome. Foi o povoado sede da freguesia de Nossa Senhora do Cumbe elevado à categoria de vila pela Lei provincial nº 253, de 11 de junho de 1898, com o território desmembrado do de Monte Santo Na divisão administrativa referente ao ano de 1911, Cumbe figura composto unicamente do distrito sede. Por força dos Decretos estaduais nºs 7 455, de 23 de junho de 1931, e 7 479, de 8 de julho do mesmo ano, foi Cumbe supresso e o seu território em face desse último Decreto, incorporado ao de município de Monte Santo. Em virtude do Decreto estadual nº 8642, de 19 de setembro de 1933, o município foi restaurado, ocorrendo sua instalação a 10 de outubro do mesmo ano. Na divisão administrativa do Brasil, relativa a 1933, Cumbe, figura composto do distrito sede e do de Canudos, verificando o mesmo nas divisões territoriais datadas em 13-Xll-1937, como também ao Decreto-lei estadual nº 10 724, de 30 de março de 1938, o município e seu distrito-sede passaram a denominar-se Euclides da Cunha, em homenagem ao historiador da Campanha de Canudos, autor de “Os Sertões”. De acordo co o quadro territorial vigente no quinquênio 1939-1943, fixado pelo Decreto nº 11 089, Euclides da Cunha abrange 2 distritos-- o da sede e o de Canudos. Por força da Lei nº 628, de 30 de dezembro de 1953, ficou o município constituído dos distritos de Euclides da Cunha, Canudos e Massacará, limitando-se com os municípios de Tucano, Uauá, Monte Santo, Cícero Dantas, Antas, Chorrochó e Jeremoabo.

CLIMA – O clima do município é quente e seco nos longos períodos de estio, durante o inverno é ameno.

RIQUEZAS NATURAIS- 1950. – De origem mineral a região possui em seu subsolo jazidas inexploradas de ardósia, calcita, cristal de rocha e salitre, e em exploração, pedra calcária. É extraída argila para fabricação de telhas e tijolos. De origem vegetal registra-se a extração de sisal e lenha; e de animal há mel e cera de abelha.

POPULAÇÃO – A população do município, em 1950 era de 25.548 habitantes, sendo 12.572 homens e 12.976 mulheres.
A pecuária tem expressão econômica para o município, que contava, em 1956, com o seguinte rebanho: bovinos - 26.000 cabeças, caprinos – 45.000, ovinos – 30.000, suínos – 30.000, asininos – 3.600, eqüinos – 2.500 e muares – 2.500.
O artesanato é representado pelo fabrico de cestas, cordas e objetos diversos de uso pessoal, confeccionados com fibras de sisal.




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